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Resenha do Documentário AMERICAN FACTORY




O documentário Indústria Americana, busca revelar a profunda transformação do capitalismo. A China com seu capitalismo de Estado embaralha a compreensão dos modos de produção que eram conhecidos até metade do século XX.

Apos o fechamento da fábrica da GM na cidade de Ohaio nos EUA, uma crise se instalou nos bairros com moradores que dependiam daquele emprego, a fábrica seguia os padrões de trabalho dos Americanos e respeitavam a cultura do povo local. O povo americano, acostumado com comidas de fastfood, com um ritmo de dia a dia lento e com uma qualidade de vida cultivada pelo slogan do país, viver como um americano, isso significa gastar com o bom e o melhor.

Após o fechamento da fábrica vários trabalhadores precisaram vender suas casas, hipotecar, vender carros e até morar em locais como porões de familiares. Isso devido ao alto custo de vida que o emprego na fábrica proporcionava. Anos depois uma empresa chinesa de para-brisa de carros se instalou no mesmo local da antiga fábrica da GM e forneceu emprego para grande parte dos antigos trabalhadores. No início a fábrica era uma esperança até as principais diferenças serem encontradas entre culturas e modo de trabalho.

A cultura chinesa possui um alto nível de dedicação ao trabalho, alta carga horaria, respeito, entre outros princípios. Diferente do povo americano que o trabalho somente como uma forma de ganhar dinheiro, a cultura chinesa abraça a empresa como um barco onde todos tem um papel importante e cada trabalhador é essencial no processo e somente dando o seu melhor e alcançando os resultados será possível a evolução, mesmo que isso seja exaustivo.

A fábrica Fuyao, pertence a uma cultura de ter muita mão de obra disponível e isso possibilita a contratação de funcionários por salários pequenos, contraste muito observado pelos antigos trabalhadores locais, onde na GM ganhavam quase 40 dólares a hora e no emprego atual receberam menos de 15 dólares a hora. Salario incompatível com o custo de vida que eles queriam retomar, além de receberem pouco, tinham como colegas funcionários chineses que trabalhavam muito, insacavelmente assim como no seu país por até12 horas, realidade diferente dos EUA que o funcionário trabalhava 8 horas por dia. Essas e outras dificuldades encontradas pelos americanos geraram indignação e por conta disso muitas demissões, pois na cultura chinesa, não permite sindicatos lutando por direitos dos trabalhadores e outras regras impostas por eles, assim facilitando demissões por motivos que são cabíveis a eles.

Outras diferenças de culturas entre o povo americano e o chinês, é a capacidade dos chineses em cumprir metas, valorizar a família, ser o mais eficiente e recompensar o esforço individual por quem se dedica a empresa. Exemplo dado pela empresa Fuyao em território chinês, são festas no fim de ano que realizam um dia especial para o trabalhador, com realização até de casamentos pelas empresas. A diferença é que na cultura chinesa o trabalho e esforço merecem recompensas e reconhecimento, enquanto na cultura americana tudo isso é dispensado e a sensação de cada um por si é evidente, pouca união e a única coisa que é vista de importante é o salário no fim do mês evitando o máximo possível de esforço.

Outra característica importante é por não ter sindicato lutando pelo básico aos trabalhadores como na fábrica da GM, matérias básicos de proteção como EPIs pouco são utilizados e o trabalhador sem proteção dos sindicatos, caso sofresse uma lesão iria ser afastado e posteriormente substituído, pois para a fábrica chinesa o importante é alcançar as metas manter a qualidade do produto com o menor custo possível.

Podemos entender que em cada país as formas culturais e do mundo do trabalho são muito diferentes, mas nesse mundo globalizado e cada vez mais tecnológico o trabalho do homem nas linhas de produção passam a ser mais difícil, com piores condições de trabalho e de remuneração, além de serem mais escassos devido a automação de muitos processos de postos de trabalho.


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